sábado, 10 de julho de 2010


amigo, não tenho perguntas para fazer-te, basta-me
olhar. passaram anos, poderiam ter passado mais
anos ainda. poderiam passar séculos.
entendo o teu rosto. isso basta-me quando te vejo.
para mim, serás sempre o príncipe, a criança que
me mostrou as árvores.
o tempo não passou, amigo. agora, ao chegares,
olho para ti. o teu rosto é igual. agora, ao chegares,
sei que nunca partiste.

Jose Luis Peixoto



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