terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
O avesso da chegada não é a partida, é a separação.
O avesso da presença não é a ausência, é a saudade.
O avesso da solidão não é a companhia, é a partilha.
O avesso do longe não é o perto, é o junto.
O avesso da luz não é a sombra, é o opaco.
O avesso do nunca não é o sempre, é o contínuo.
O avesso do provisório não é o duradouro, é o permanente.
O avesso da distância não é a proximidade, é constância.
O avesso da lágrima não é o riso, é a estiagem.
O avesso de mim não é a face no espelho, é o rosto transparente.
O avesso de mim não é a lembrança do que não fui, é a certeza do que serei...
O avesso de mim és tu, costurado nas dobras da minha alma...
Maria Alice Estrella
O avesso da presença não é a ausência, é a saudade.
O avesso da solidão não é a companhia, é a partilha.
O avesso do longe não é o perto, é o junto.
O avesso da luz não é a sombra, é o opaco.
O avesso do nunca não é o sempre, é o contínuo.
O avesso do provisório não é o duradouro, é o permanente.
O avesso da distância não é a proximidade, é constância.
O avesso da lágrima não é o riso, é a estiagem.
O avesso de mim não é a face no espelho, é o rosto transparente.
O avesso de mim não é a lembrança do que não fui, é a certeza do que serei...
O avesso de mim és tu, costurado nas dobras da minha alma...
Maria Alice Estrella
Minha alma sacrificada pelo tempo é uma mansão abandonada onde vivem jardins, querubins de ouro e velas de prata Quartos nunca pisados pela pressa humana e paredes onde os retratos não envelhecem Nesta mansão eu brinco de viver, querubim que me tornei junto aos meus irmãos de asas, que comovidos com minha vida abandonada, recolhem suas asas de pólen para viverem ansiosos no porão por uma redenção que nunca vem Nem virá jamais
Gustavo Ferreira Rossi
Gustavo Ferreira Rossi
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
no coração da aldeia onde nasceste, da roupa que vinha
a cheirar a sonho e a musgo e ao trevo que nunca foi
de quatro folhas; e das ervas húmidas e chãs
com que em casa se cozinham perfumes que ainda hoje
te mordem os gestos e as palavras.
Maria do Rosário Pedreira
terça-feira, 24 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
”O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos.
A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma.
Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal.
Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente.
Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas.
Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela.
Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação.
A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direcções.
Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."
Anais Nin
A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma.
Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal.
Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente.
Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas.
Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela.
Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação.
A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direcções.
Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."
Anais Nin
sábado, 14 de agosto de 2010
''Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá.
Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.
Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher,
esse amor bobinho passa.
Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher.
Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim?
Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar.
E o mesmo coração idiota.
Bruna Lombardi
Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.
Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher,
esse amor bobinho passa.
Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher.
Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim?
Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar.
E o mesmo coração idiota.
Bruna Lombardi
domingo, 8 de agosto de 2010
quando acordo devolvo a mente ao corpo descansado, exaurido de todo o mal, de todo o perigo, mas nem sempre passo os dias sossegado. o coração pressente tua continua ausência, este mal-estar que tem a ver com as sucessivas tentativas de ser feliz e nunca conseguir. passei a vida nisto.
é provável que fale de ti para descobrir onde é que ainda gosto de mim. no fundo, tu não existes, ou já não existes dentro de mim, fazes parte do meu falhanço. surge o risco de enlouquecer sozinho. mas, se me estiveres a ouvir, ajuda-me a caminhar na tua direcção. não me dês espelhos, não me enganes mais, não demores a chamar-me.
Al Berto
é provável que fale de ti para descobrir onde é que ainda gosto de mim. no fundo, tu não existes, ou já não existes dentro de mim, fazes parte do meu falhanço. surge o risco de enlouquecer sozinho. mas, se me estiveres a ouvir, ajuda-me a caminhar na tua direcção. não me dês espelhos, não me enganes mais, não demores a chamar-me.
Al Berto
sábado, 7 de agosto de 2010
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada.
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Alvaro de Campos
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