quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


[...] Rogo por amor e ninguém me ouve. Mais valia
não haver palavras, só suspiros e risos e choros. Talvez alguém ouvisse. Talvez alguém entendesse.

Dou comigo a rezar diante de uma parede de pedra e tenho por única resposta o eco da minha voz. Estou cada vez mais sozinha.

Ninguém me agarra e diz: “ Quero-te como não é possível querer mais alguém. Leva-me contigo. Ou então eu levo-te comigo.” Não. Tocam-me mas ninguém me agarra. Querem só tocar. Batem nos vidros, riem-se e eu rio-me.
 E depois partem.Estou muito cansada. O meu coração está muito pesado.
Passaram tantos por mim. Porque não ficou nenhum ? Teria que ser assim, mesmo assim ?


Pedro Paixão

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