quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Do amor do sol e do luar,
do frio e do calor,
das árvores e do mar,
da brisa e da tormenta,
da chuva violenta,
da luz e da cor.
Do amor do ar que circula
e varre os caminhos
e faz remoinhos
e bate no rosto e fere e estimula.

Do amor de ser distraído
do amor de amar sem lei nem compromisso,
do amor de olhar de lado como fazem as aves,
do amor de ir, e voltar, e tornar a ir, e ninguém ter nada com isso.
Do amor de tudo quanto é livre, de tudo quanto mexe e esbraceja,
Que salta, que voa, que vibra e lateja.
Das fitas ao vento,
Dos barcos pintados,
Das frutas, dos cromos, das caixas de tintas, dos supermercados.

Este é o poema do amor.
António Gedeão

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