domingo, 27 de novembro de 2011





Não adiantava podar, regar, replantar. A vida dela já era raiz morta. Ramificações apodrecidas. Caule comido por cupins. Folhas arrancadas por criança maldosa. Não adiantava colocar no canto da janela, debaixo do sol, forçar fotossíntese. A vida dela era fruto bicado por passarinho, maçã caída na grama molhada. Vaso novo não resolveria, nem jardinagem de última geração, para viver de novo, ela sabia: só voltando a ser pequena semente.



Eduardo Baszczyn

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