segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Os estatutos do amor
1 (Direito a possibi1idade)
Que todo o abraço seja contundente como o teu olhar.
Que todo o olhar seja emergente como a tua palavra.
Que toda a palavra seja tao urgente como a tua mão
nos meus cabelos.
2. (Direito ao Espaço a ao Tempo)
Que haja tempo em bloco e não ruptura de tempo.
Que minha ilha seja teu porto e teu porto nos seja santo.
Que a comunhão se faça tanto no beijo como no silencio.
3. (Direito a Fecundidade)
Que do teu umbigo nasçam flores com seiva de primavera.
Que eu possa viver do seu perfume a sobreviver a sua acidez sem as desflorar.
Que o prazer não precise de extrema-unção mas que a unção do prazer seja extrema.
4. (Direito a perfeição)
Que a palavra ‘amor’ nunca seja proferida em vão.
Que o amor venha já feito, perfeito e não por fazer.
Joana Serrado
1 (Direito a possibi1idade)
Que todo o abraço seja contundente como o teu olhar.
Que todo o olhar seja emergente como a tua palavra.
Que toda a palavra seja tao urgente como a tua mão
nos meus cabelos.
2. (Direito ao Espaço a ao Tempo)
Que haja tempo em bloco e não ruptura de tempo.
Que minha ilha seja teu porto e teu porto nos seja santo.
Que a comunhão se faça tanto no beijo como no silencio.
3. (Direito a Fecundidade)
Que do teu umbigo nasçam flores com seiva de primavera.
Que eu possa viver do seu perfume a sobreviver a sua acidez sem as desflorar.
Que o prazer não precise de extrema-unção mas que a unção do prazer seja extrema.
4. (Direito a perfeição)
Que a palavra ‘amor’ nunca seja proferida em vão.
Que o amor venha já feito, perfeito e não por fazer.
Joana Serrado
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
do frio e do calor,
das árvores e do mar,
da brisa e da tormenta,
da chuva violenta,
da luz e da cor.
Do amor do ar que circula
e varre os caminhos
e faz remoinhos
e bate no rosto e fere e estimula.
Do amor de ser distraído
do amor de amar sem lei nem compromisso,
do amor de olhar de lado como fazem as aves,
do amor de ir, e voltar, e tornar a ir, e ninguém ter nada com isso.
Do amor de tudo quanto é livre, de tudo quanto mexe e esbraceja,
Que salta, que voa, que vibra e lateja.
Das fitas ao vento,
Dos barcos pintados,
Das frutas, dos cromos, das caixas de tintas, dos supermercados.
Este é o poema do amor.
António Gedeão
das árvores e do mar,
da brisa e da tormenta,
da chuva violenta,
da luz e da cor.
Do amor do ar que circula
e varre os caminhos
e faz remoinhos
e bate no rosto e fere e estimula.
Do amor de ser distraído
do amor de amar sem lei nem compromisso,
do amor de olhar de lado como fazem as aves,
do amor de ir, e voltar, e tornar a ir, e ninguém ter nada com isso.
Do amor de tudo quanto é livre, de tudo quanto mexe e esbraceja,
Que salta, que voa, que vibra e lateja.
Das fitas ao vento,
Dos barcos pintados,
Das frutas, dos cromos, das caixas de tintas, dos supermercados.
Este é o poema do amor.
António Gedeão
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Entrei numa loja para te comprar
um ramo de poemas.
Disseram-me que só tinham flores,
mas eu não entendi a resposta.
(...)
Esforcei-me para fazer compreender
esta minha particularidade
mas ninguém me entendeu.
À força de não me quererem
vender poemas,
impingiam-me flores.
Que cheiravam melhor
que eram mais vivas,
que as mulheres preferem
flores a poemas.
Flores que eu não quero,
que eu definitivamente não quero,
pois tenho-te a ti.
Ninguém dá flores às flores.
O que eu quero é um ramo de poemas
para oferecer à minha flor.
Federico Fellini a Giulietta Masina
um ramo de poemas.
Disseram-me que só tinham flores,
mas eu não entendi a resposta.
(...)
Esforcei-me para fazer compreender
esta minha particularidade
mas ninguém me entendeu.
À força de não me quererem
vender poemas,
impingiam-me flores.
Que cheiravam melhor
que eram mais vivas,
que as mulheres preferem
flores a poemas.
Flores que eu não quero,
que eu definitivamente não quero,
pois tenho-te a ti.
Ninguém dá flores às flores.
O que eu quero é um ramo de poemas
para oferecer à minha flor.
Federico Fellini a Giulietta Masina
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