segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Não me diga a que vens
Deixa-me adivinhar pelo pó nos teus cabelos
que vento te mandou.
É longe a tua casa?
Dou-te a minha:
leio nos teus olhos o cansaço do dia que te venceu; e, no teu rosto, as sombras contam-me o resto da viagem. Anda,vem repousar os martírios da estrada nas curvas do meu corpo
- é um destino sem dor e sem memória.
Tens sede?
Sobra da tarde apenas uma fatia de laranja - morde-a na minha boca sem pedires.
Não, não me digas quem és nem ao que vens.
Decido eu.





Maria do Rosário

Nenhum comentário: