terça-feira, 7 de outubro de 2008


A tarde veste-se de luto.
Adormece
no regaço da noite perturbada.

Já não vens como dantes.
Resignei-me
a ser companheiro das sombras derradeiras.

É o que resta de nós:
solidão repartida
entre as margens inquietas do desejo.

António Arnaut