sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


Olhei para o relógio eram cinco horas,
eram seis e meia, eram sete e meia. Às oito horas, pousei o livro e comecei a esperar-te. Fiquei sentado neste sofá, nesta sala, a esperar-te. São onze horas. Agora, sou eu que me vou embora. Quando regressares, se regressares, não me irás encontrar. Nunca mais. Não me encontrarás nem a mim, nem a este bilhete de despedida que pensei deixar-te, mas que vou rasgar já em seguida.



José Luís Peixoto


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